segunda-feira, 15 de novembro de 2010

1 Ano de Divagações e Desequilíbrios

Olá!

Pois é, hoje o meu cantinho faz 1 ano de vida, e apenas deixo esta nota para assinalar antes que o dia 15 fuja.
Tenho pena de não o utilizar como queria e de andar tão ausente, mas não me esqueço dos meus amiguinhos daqui. Estão sempre guardados no meu peito.
Espero que não falte muito para que a disponibilidade e os desequilíbrios voltem a ser os mesmos de outros tempos.

Espero que esteja tudo bem com todos vocês.
Beijocas, abraços para todos!
--
Ass: MarKekas

PS: o "ass" não é de "peida", ok?! RCC.. :P

.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Medo de "investir" na Felicidade...

"O caminho entre os pontos de partida (o desejo) e da chegada (a felicidade) está cheio de sobressaltos. Sabemos o que temos, e sabemos o que queremos ter no futuro.

Mas a caminhada a fazer é tão imprevisível, que muitas vezes optamos por cruzar os braços. O que quase sempre implica continuar a sofrer. E como tudo isso é estranho! Por causa do medo de sofrer no futuro (e nem sabemos se sofreríamos ou não) permanecemos no sofrimento a que, afinal nós mesmos nos condenámos.

Como seria fácil a vida se nos fosse possível adivinhar o futuro! Poderíamos tomar decisões sem qualquer dificuldade. Não precisaríamos de todos os conselhos que, depois, raramente seguimos. Não teríamos hesitações, nem noites passadas sem dormir [...] E quando as emoções e os sentimentos interferem nas decisões é ainda mais difícil.

Muitas vezes não percebemos porque nunca nos ensinaram, que um sentimento hoje pode já não existir amanhã. Que uma emoção, uma paixão, sentida hoje, amanhã pode já ter desaparecido. E então temos medo de alterar coisas na nossa vida porque temos medo de lhes sentir a falta no futuro."


« retirado do livro 'Vai Valer a Pena' »


O medo é um grande cabrão que está constantemente a fazer chantagem psicológica connosco. Temos de o anular, ou temos de aprender a ignora-lo, senão passamos o resto da vida na merda e a lamentar por aquilo que não fizemos no passado.. por causa do cabrão do medo. Não faz sentido.. não faz sentido.

Há coisas que, se não desapareceram numa eternidade de tempo, então é porque se calhar não estão mesmo condenadas a desaparecer.

.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Miminho.. "Este blogue aquece-me o Coração"

Pois é, hoje recebi um miminho da nossa amiga Carla, que tem andado desaparecida do seu e dos nossos cantinhos. Mas já está de volta.. e ainda bem! Obrigado Carla!! :o)


O desafio deste miminho consiste em dizermos coisas que nos aquecem o coração.


Ora.. a mim aquece-me o coração.. por o peito ao Sol no Verão.. pronto! RCC!!! Estou a brincar.
Sei lá.. há tanta coisa que me pode aquecer o coração.. A minha família (ou seja, a minha mãe, lol), os meus amigos, as minhas meninas terroristas Tita e Carlota, ver felicidade e boa disposição nas pessoas, ver um gesto desinteressado de bondade e de ajuda.. e principalmente.. agora mais que nunca, a minha Princesa, com quem estou a atravessar um grande desafio!! Ela é quem me aquece verdadeiramente o Coração!! :o)))


E agora, passo o desafio deste miminho a todos aqueles que costumam visitar a minha casota!! Colem o selinho dos vossos blogues e digam o que vos aquece o coração.


Beijocas e Abraços.. e desculpem a minha ausência...
.

sábado, 26 de junho de 2010

Poço sem fundo?.. - Parte 2

Aqui vou eu nesta queda, de cabeça, com o mesmo sorriso nos lábios e a mesma confiança no olhar.
Gostava que tivesses a mesma confiança que eu, sempre.. e sei que a tentas ter.. sei que a queres ter. Já te vi com menos.. ontem vi-te com mais.. hoje vi-te ainda com mais.. e sei que amanhã vais ter mais ainda.

Vou nesta queda, acelerado, simplesmente a deixar-me cair. Parece fácil...

De repente, parece que o tempo pára na minha cabeça. Olho em volta. Tenho a sensação de algo está mal. E está. Esta minha queda tem de parar. E vai parar...

Olho para baixo, vejo-te a vir, a trepar com todas as tuas forças.. e então agarro-me com unhas e dentes às paredes deste poço para parar esta queda.

Vens nessa tua escalada. Paras ao meu lado e olhas-me. Dizes-me com o teu olhar que não é fácil. Não é nada fácil. É bem mais difícil que uma simples queda. É uma escalada meticulosa, que não pode ser feita à pressa. É preciso saber bem onde colocar e como colocar as mão e os pés, para não haver escorregadelas ou imprevistos. Pode demorar o seu tempo, mas esta escalada merece ser perfeita.

Não te estico a mão, pelo menos para já. Mas inverto o meu sentido. Vou subir a teu lado, sempre a partir de agora. É uma escalada tua, mas que é nossa ao mesmo tempo. Sei que és forte, muito forte, e sei que te vais aguentar.. mas quero subir a teu lado, sempre bem perto de ti, para te poder apoiar, para te poder ajudar caso escorregues.. para não te deixar cair.. sempre que precisares.

Algo me diz que este poço não tem fundo. E por isso temos de sair dele. Estou confiante e acredito que vamos chegar ao topo. E lá em cima, teremos um novo desafio à nossa espera. O maior e o mais saboroso de todos os desafios.

...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Tempo que nos Resta

"De súbito sabemos que é já tarde.
Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.

De súbito chegamos a saber  que andávamos sozinhos. De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas. Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos. Dói. Dói tanto! E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.

Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?

Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem. Os jornais caem-nos das mãos. Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.

Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.

O tempo que nos resta é de aventura. E temos de andar depressa. Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.

E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda. E perguntar o caminho.

Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias.

E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.

Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.

Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas. Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem. De combate. Os nossos direitos, o conforto e a segurança? Deixem-nos rir... Já não caímos nisso! Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons. De complicar a vida. De dar até que comece a doer-nos.

E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo. Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta."


« by Paulo Geraldo »

.

domingo, 30 de maio de 2010

Poço sem Fundo?.. - Parte 1

E aqui estou eu caminhando pela vida, quando de repente, vejo lá ao fundo algo que me é familiar.

Aproximo-me. Olho para o chão.. e vejo de novo: 'aquele' poço.

Aproximo-me mais. É um poço ao nível do chão, sem qualquer protecção, mas cheio de avisos de perigo à sua volta.

Decido não olhar para os avisos. Eu conheço todos os perigos deste poço. Já caí nele, e já senti o impacto da minha Alma no seu fundo.

Aproximo-me ainda mais. Olho para o fundo, e não vejo nada.. apenas escuro. Parece não ter fundo.

Então decido fechar os olhos.. e aí vejo tudo. Vejo tudo o que é possível existir neste poço.

Vejo todos fundos possíveis. Vejo tudo o que posso viver durante uma possível queda.

Seja qual for o fundo, sei que cada fracção de segundo irá valer a pena.

Ando em círculos à volta deste poço. Olho para ele. Analiso. Calculo.

Tenho de ter cuidado para não escorregar.

Não. Não tenho de ter cuidado nenhum.

Desde que o vi ao longe, decidi instantaneamente o que queria.

Mentira. Não foi nessa altura que decidi. Já estava decidido. Sempre esteve decidido.

Eu sempre soube que, se encontrasse de novo esse poço, nunca iria hesitar.

Paro de andar em círculos. Olho de novo para baixo, sabendo de tudo o que me espera.

E então dou um passo em frente, com calma e serenidade..  com um sorriso nos lábios.. com confiança no olhar.

...